Tópicos acerca da Origem da Vida
Perdoem-me pela demora em postar a parte 5, mas assim como Deus descançou ao terminar a sua criação abençoando o sétimo dia, precisei descançar do blog estes dias por motivos de cansaço extremo por causa de outras atividades. Só parei pra cumprir ordens de descançar abençoadamente ( =] ). Mas, estamos de volta agora e com muita coisa pra postar. Estas próximas postagens serão longas e polêmicas, por favor, não hesite em comentar e compartilhar caso tenha alguma dúvida.
Nesta postagem já estamos analisando o capítulo 2 do livro de Gênesis. Apesar do bom humor no primeiro parágrafo que escrevi, a verdade contida nele é profunda: precisamos respeitar os nossos limites. É saudável descançar após uma semana de trabalho cansativo. É digno descançar após trabalhar intensamente e é uma benção (interpretação devocional pessoal). Entretanto há uma questão muito profunda em relação aos "dias" escritos nestes textos. Primeiro quero dizer a você que "dia" não se refere às vinte e quatro horas que atribuimos ao nosso dia, mas ao "tempo". No nosso idioma separamos o "Dia" em dia (presença do sol) e noite¹ (ausência do sol), sendo a parte do dia em manhã e tarde e a parte da noite¹ em noite e madrugada. O hebreu faz uma separação diferente da nossa ,ele divide o seu "tempo" (ciclo diário) em dia (presença da luz) e suas partes em manhã e tarde (divididos seus intervalos em horas), e a noite (ausência da luz) e suas parte em vigílias (sendo em intervalos de três horas), começando a contar a primeira vígilia às 18hs na nossa marcação diária e as 06hs começa a contagem das horas.
Essa forma faz apologia ao fato da criação da luz, sendo que tudo era trevas e se fez luz para que começasse a contar o tempo e suas eras. Uma linha de pesquisa científica em Cosmologia, que estuda a origem do universo, defende a hipótese de que tempo e espaço surgiram juntamente no fenômeno conhecido como Big Bang, surgindo ali também a luz. Várias outras hipóteses, mesmo divergente quanto a descrição do evento inicial, concordam com o surgimento do espaço e tempo no instante de partida do evento surgindo com eles a luz. Sendo assim o ciclo diário do hebreu começa na noite e termina ao fim da tarde. Porém este "dia", no texto, se refera ao tempo de Deus, ao tempo da criação. É correto interpretá-lo da mesma forma como vemos o nosso dia? Este dia divino relaciona-se a cada Era da sua criação, sendo assim que na primeira era criou a luz e fez sua separação, e criou outras coisas em outras eras até criar o homem na sexta, e enfim, na sétima era descançar da criação, que significa que ali terminou o processo da criação. Alguns estudiosos acreditam que esta era do descanço de Deus ou da criação ainda nem tenha terminado (não é a minha opinião baseado em textos paralelos a estes). Vemos assim que este texto é muito rico em questões e digno de ser estudado profundamente.
Essa forma faz apologia ao fato da criação da luz, sendo que tudo era trevas e se fez luz para que começasse a contar o tempo e suas eras. Uma linha de pesquisa científica em Cosmologia, que estuda a origem do universo, defende a hipótese de que tempo e espaço surgiram juntamente no fenômeno conhecido como Big Bang, surgindo ali também a luz. Várias outras hipóteses, mesmo divergente quanto a descrição do evento inicial, concordam com o surgimento do espaço e tempo no instante de partida do evento surgindo com eles a luz. Sendo assim o ciclo diário do hebreu começa na noite e termina ao fim da tarde. Porém este "dia", no texto, se refera ao tempo de Deus, ao tempo da criação. É correto interpretá-lo da mesma forma como vemos o nosso dia? Este dia divino relaciona-se a cada Era da sua criação, sendo assim que na primeira era criou a luz e fez sua separação, e criou outras coisas em outras eras até criar o homem na sexta, e enfim, na sétima era descançar da criação, que significa que ali terminou o processo da criação. Alguns estudiosos acreditam que esta era do descanço de Deus ou da criação ainda nem tenha terminado (não é a minha opinião baseado em textos paralelos a estes). Vemos assim que este texto é muito rico em questões e digno de ser estudado profundamente.
Então, antes de continuarmos leia o texto bíblico se ainda não leu.
Note agora algumas curiosidades:
1) Percebeu que quando ainda não havia chovido não existia vida?
2) Notou qual a posição geográfica do lugar de origem do homem e do Éden?
3) Observou que o homem diz "Esta, sim" referindo-se a mulher que havia sido criada?
A abiogênese é uma das fases evolucionistas e refere-se a origem química da vida a partir de reações em compostos orgânicos gerados abioticamente. O consenso científico estima que ela ocorreu a 4,4 bilhões de anos quando o vapor de água condensou-se pela primeira vez na terra, ou seja, quando choveu pela primeira vez na terra primitiva. Que curioso! O efeito da chuvas na terra primitiva foi quem permitiu a existência da vida tanto no criacionismo bíblico quanto no evolucionismo. Sobretudo esse vapor já precedia um esfriamento da superfície terrestre e uma possível chance de surgirem partículas mais complexas geradas de descargas de raios e reações dos compostos da atmosfera primitiva. Na escola é comum os professores falarem da teoria da abiogênese e explicar como possivelmente se deu a construção das primeiras moléculas a partir dos gases da atmosfera primitiva.
As hipóteses de Oparin e Haldane, apesar de trabalharem separadamente, eram muito semelhantes e descreviam a possível formação química e física da atmosfera terrestre primitiva. Sua composição química era basicamente Amônia (NH3), Metano (CH4), gás Hidrogênio (H2) e vapor de água (H2O), entre outros compostos em baixíssimas concentrações, sendo assim considerado um ambiente redutor ou não oxidante por não haver - se houvesse seria em baixíssima concentração - a presença do gás Oxigênio (O2). Nesta Era a terra passava por um período de resfriamento da sua superfície devido a vários fatores, que permitiu o acúmulo de aguá em estado líquido nas depressões, formando os mares primitivos, e fazendo separação entre o vapor e a água em seu estado líquido. As descargas elétricas e a radiação que eram muito intensas (devido a ausência do Ozônio na atmosfera) teriam servido de fonte energética para que moléculas presentes na atmosfera reagissem dando origem a moléculas maiores e complexas. Esta moléculas eram arrastadas pelas águas das chuvas e se acumulavam nos mares primitivos que eram quentes e rasos. Repetindo-se este processo durante muito tempo os mares se tornaram verdadeiras "sopas nutritivas" contendo uma quantidade muito alta de moléculas orgânicas. Esta moléculas (possíveis aminoácidos) podem ter se agregado formando os primeiros coacervados. O coacervado é um conjunto de moléculas orgânicas reunidas em grupos envolvidos por moléculas de água. Eles não são seres vivos mas conjuntos de moléculas semi-isolados do meio externo a eles e havendo a possibilidade de ocorrência de reações com o meio exterior. Não se sabe como a primeira célula surgiu, mas pode-se supor que, existindo a possibilidade da organização dos coacervados, podem ter surgido sistemas equivalentes, a partir destes, envolvidos por membranas de lipídios e proteínas, e contendo em seu interior moléculas semelhantes aos acídos nucléicos.
Em resumo breve sobre este assunto temos uma construção do pensamento lógico e provável das primeiras moléculas orgânicas. É claro que existe muito a se falar sobre este assunto - inclusive existem outros modelos que enriquecem esta hipótese como os modelos hidrotermais - e serão construídos ainda outros alimentando a discussão sobre este assunto. Então observamos que através do criacionismo nos deparamos com a personalidade criadora das possibilidades e da probabilidades de ocorrência de todo o processo da criação e da evolução, e, através do evolucionismo chegamos ao entendendimento de como aconteceu este processo de construção de possibilidades na terra primitiva para o surgimento e aperfeiçoamento da vida.
Outro ponto interessante desta passagem é a descrição da localização da origem humana e do jardim criado por Deus no Éden - Gan Eden (Jardim no Éden/ גן עדן). Gan significa jardim mas na tradução Septuaginta é traduzida como paradeisos (paraíso). Devido a esta tradução que temos a associação de "jardim do Éden" com o paraíso. A palavra Eden possivelmente derivou-se da palavra ácade 'edinu', que derivou-se do sumério 'edin'. Em todas aparece com o significado de planície.
A localização do jardim é a leste de onde foi criado o homem. E o Éden (planície) está localizado na região que chamamos hoje de Mesopotâmia e toda a planície ligada a ela. Existem várias hipóteses sobre a localização do jardim no Éden, porém vou citar três delas e argumentar sobre a que acredito ser mais coerente. Baseado no texto contido no verso dez "nele nascia um rio que irrigava o jardim e depois se dividia em quatro" note que o rio que nascia no Éden (não no jardim) irrigava o jardim e só depois se dividia em quatro. O primeiro deles é Pison (Pishon/ פישון) que percorre a terra de Havilá (vHavíláh/ וחוילה), que é filho de Cuxe (Cuche/ כוש). A terra de Havilá é rica em ouro e pedras preciosas e hoje possivelmente é a Arábia ou a Núbia (significa ouro), porém mais provável ser a Arábia devido a localização de Havilá e de lá possivelmente ter sido alvo de extração de ouro pelos egípcios [Gn 10:7 e 25:18]. O segundo é Giom (Zihon/ זיחון) que percorre a terra de Cuxe, pai de Havilá. Os terceiro e quarto são conhecidos e seus nomes são Tigre (Hidekel/ חדקל), que está a leste da Assíria, e Eufrates (Parrat/ פרת). Resumindo o Éden descrito se localiza no que conhecemos hoje pela investigação arqueológica e histórica por Crescente Fértil. O grande mistério que encobre a localização exata do jardim é a incerteza em relação aos dois primeiros rios. É importante sabermos que Moisés falava da localização de um território em uma era anterior a dele com coordenadas de sua época. Possivelmente esses dois primeiros sejam até fósseis de rios hoje. As três hipóteses mais prováveis são:
I ) Que o Pison seja o Mar Vermelho e o Giom o Golfo Pérsico. Sendo assim o jardim estaria submerso no Mar da Arábia. Pensando desta forma temos que, hipoteticamente, pensar que os antigos reconheciam o Mar Vermelho como rio, o que não é verdade. Sabemos que o Mar Vermelho é considerado mar pelo antigos e vemos isso em vários textos.
II ) Que o Golfo Pérsico seja o rio divisor nos quatros rios, onde o Pison e o Giom estão mais a sul. Pensar assim também nos leva a um problema: temos que considerar que eles não consideravam que os rios desaguavam no mar mas que o mar que formava os rios e que o próprio golfo era um super rio.
A mais coerente:
III ) Que o Pison seja um rio a sudoeste do Eufrates que se une a ele e o Tigre antes de desaguar no golfo; e o Giom seja um fóssil de um rio, morto a muito tempo, a leste do Tigre que também se unia aos três antes de desaguar.
Apesar de ser a forma mais coerente da montagem deste quebra-cabeça traz consigo uma peça extra que pode mudar o curso de sua construção. Essa peça é o lugar de habitação dos descendentes de Cuxe que, possivelmente, é a Etiópia. Vemos isso em Isaías 20:3,5 e em Jeremias 46:9 onde a palavra Cuxe que indica os descendentes dele é traduzida com etíopes. A existência destas passagens geram duas possibilidades:
1) Os etíopes nem sempre terem morado na região da Etiópia conhecida hoje.
2) O rio Giom é o Nilo.
Qual a grande questão? Existe fundamentação para as duas. Os gregos chamavam o rio Pison de Ganges e o Giom de Nilo, entretanto a palavra Giom (Zihon) significa 'do oriente' ou 'vem do oriente' o que enfraquece o fato dos gregos estarem falando do mesmo Nilo que banha o Egito, porque este está a ocidente dos outros rios. Em relação a primeira possibilidade existem dois fatos importantes a considerar (considerando que os descendentes de Cuxe sejam os etíopes). Os descendentes de Cuxe habitavam a região da mesopotâmia em Giom, a leste do Tigre, por volta do século XII quando o Gênesis foi compilado. Mais tarde acontece a segunda ascenção do império dos Assírios (povo que habitava na parte norte da mesopotâmia) por volta de 900 a.C. No reinado de Adad-nirari II muito povos foram expulsos, inclusive os arameus, possibilitando um maior controle sobre as rotas comerciais. Assurnasirpal II, neto do Adad-nirari II, décadas depois dominou praticamente todos os pequenos reinos mesopotâmicos e foi considerado o fundador do Império Neo-Assírio. Construiu a cidade de Kalhu, na margem do Tigre, como a nova Capital do império. Esse monarca também foi famoso pela dispersão em massa dos povos conquistado que, muitas vezes, eram deslocados como mão-de-obra para partes diferentes do império.
Sabemos que os descendentes de Cuxe habitavam a leste do Tigre, às margens do Giom, e que provavelmente não seria construida a capital do império assírio se aqueles povos ainda habitassem ali (por medidas de defesa). Temos então uma luz! Na época da compilação dos textos os descendentes de Cuxe ainda habitavam a leste do Tigre, às margens do Giom, sendo mais tarde expulsos de lá pelos assírios. O império construído em sua segunda ascenção estendeu-se grandemente até o antigo reino sírio e da Palestina (de frente ao deserto de Sur, às portas do Egito), o que, provavelmente, tenha obrigado os arameus a se deslocarem para a Síria do Norte, então região da Síria, e ao descendentes de Cuxe para sudeste do Egito, na atual Etiópia, pois toda mesopotâmia estava ocupada pelo assírios até a Palestina e ao antigo reino sírio, a região da Arábia por Havilá, a leste da mesopotâmia havia o império Persa, e às margens do Nilo o baixo (atual Egito) e o alto Egito (parte da região do atual Sudão).
Outro ponto é que o Golfo Pérsico nem sempre foi como é hoje. Ele já ocupou áreas territoriais bem menores. A 6 mil anos, possivelmente, ocupava apenas metade da área que ocupa hoje, e a 30 mil não havia, praticamente, invasão de águas do Mar da Arábia pelo Estreito de Ormuz. Considerando essas colocações vemos que a hipótese III da localização dos rios Pison e Giom é mais coerente. O Éden, então, é a região desde o Giom, que está a leste do Tigre, no Irã, até próximo ao deserto de Sur, no Golfo de Suez. Temos, pois também, a possível localização do Jardim no Éden como sendo a região atualmente submersa pela ponta do Golfo Pérsico.
Por hora é só. Relativo a terceira curiosidade no começo da postagem (Observou que o homem diz "Esta, sim" referindo-se a mulher que havia sido criada?) deixarei para a próxima postagem. Motivos? Acho que você já descobriu se leu todo o texto. Busquei resumir o máximo que pude do meu estudo para postar aqui, mas ainda ficou muito extenso. Perdoe-me por isso.
Quero agradecer a você que tem acompanhado as postagens e espero que esteja gostando.
Que o Eterno Criador abençoe sua vida e ilumine seus pensamentos. Um grande abraço!
A localização do jardim é a leste de onde foi criado o homem. E o Éden (planície) está localizado na região que chamamos hoje de Mesopotâmia e toda a planície ligada a ela. Existem várias hipóteses sobre a localização do jardim no Éden, porém vou citar três delas e argumentar sobre a que acredito ser mais coerente. Baseado no texto contido no verso dez "nele nascia um rio que irrigava o jardim e depois se dividia em quatro" note que o rio que nascia no Éden (não no jardim) irrigava o jardim e só depois se dividia em quatro. O primeiro deles é Pison (Pishon/ פישון) que percorre a terra de Havilá (vHavíláh/ וחוילה), que é filho de Cuxe (Cuche/ כוש). A terra de Havilá é rica em ouro e pedras preciosas e hoje possivelmente é a Arábia ou a Núbia (significa ouro), porém mais provável ser a Arábia devido a localização de Havilá e de lá possivelmente ter sido alvo de extração de ouro pelos egípcios [Gn 10:7 e 25:18]. O segundo é Giom (Zihon/ זיחון) que percorre a terra de Cuxe, pai de Havilá. Os terceiro e quarto são conhecidos e seus nomes são Tigre (Hidekel/ חדקל), que está a leste da Assíria, e Eufrates (Parrat/ פרת). Resumindo o Éden descrito se localiza no que conhecemos hoje pela investigação arqueológica e histórica por Crescente Fértil. O grande mistério que encobre a localização exata do jardim é a incerteza em relação aos dois primeiros rios. É importante sabermos que Moisés falava da localização de um território em uma era anterior a dele com coordenadas de sua época. Possivelmente esses dois primeiros sejam até fósseis de rios hoje. As três hipóteses mais prováveis são:
I ) Que o Pison seja o Mar Vermelho e o Giom o Golfo Pérsico. Sendo assim o jardim estaria submerso no Mar da Arábia. Pensando desta forma temos que, hipoteticamente, pensar que os antigos reconheciam o Mar Vermelho como rio, o que não é verdade. Sabemos que o Mar Vermelho é considerado mar pelo antigos e vemos isso em vários textos.
II ) Que o Golfo Pérsico seja o rio divisor nos quatros rios, onde o Pison e o Giom estão mais a sul. Pensar assim também nos leva a um problema: temos que considerar que eles não consideravam que os rios desaguavam no mar mas que o mar que formava os rios e que o próprio golfo era um super rio.
A mais coerente:
III ) Que o Pison seja um rio a sudoeste do Eufrates que se une a ele e o Tigre antes de desaguar no golfo; e o Giom seja um fóssil de um rio, morto a muito tempo, a leste do Tigre que também se unia aos três antes de desaguar.
Apesar de ser a forma mais coerente da montagem deste quebra-cabeça traz consigo uma peça extra que pode mudar o curso de sua construção. Essa peça é o lugar de habitação dos descendentes de Cuxe que, possivelmente, é a Etiópia. Vemos isso em Isaías 20:3,5 e em Jeremias 46:9 onde a palavra Cuxe que indica os descendentes dele é traduzida com etíopes. A existência destas passagens geram duas possibilidades:
1) Os etíopes nem sempre terem morado na região da Etiópia conhecida hoje.
2) O rio Giom é o Nilo.
Qual a grande questão? Existe fundamentação para as duas. Os gregos chamavam o rio Pison de Ganges e o Giom de Nilo, entretanto a palavra Giom (Zihon) significa 'do oriente' ou 'vem do oriente' o que enfraquece o fato dos gregos estarem falando do mesmo Nilo que banha o Egito, porque este está a ocidente dos outros rios. Em relação a primeira possibilidade existem dois fatos importantes a considerar (considerando que os descendentes de Cuxe sejam os etíopes). Os descendentes de Cuxe habitavam a região da mesopotâmia em Giom, a leste do Tigre, por volta do século XII quando o Gênesis foi compilado. Mais tarde acontece a segunda ascenção do império dos Assírios (povo que habitava na parte norte da mesopotâmia) por volta de 900 a.C. No reinado de Adad-nirari II muito povos foram expulsos, inclusive os arameus, possibilitando um maior controle sobre as rotas comerciais. Assurnasirpal II, neto do Adad-nirari II, décadas depois dominou praticamente todos os pequenos reinos mesopotâmicos e foi considerado o fundador do Império Neo-Assírio. Construiu a cidade de Kalhu, na margem do Tigre, como a nova Capital do império. Esse monarca também foi famoso pela dispersão em massa dos povos conquistado que, muitas vezes, eram deslocados como mão-de-obra para partes diferentes do império.
Sabemos que os descendentes de Cuxe habitavam a leste do Tigre, às margens do Giom, e que provavelmente não seria construida a capital do império assírio se aqueles povos ainda habitassem ali (por medidas de defesa). Temos então uma luz! Na época da compilação dos textos os descendentes de Cuxe ainda habitavam a leste do Tigre, às margens do Giom, sendo mais tarde expulsos de lá pelos assírios. O império construído em sua segunda ascenção estendeu-se grandemente até o antigo reino sírio e da Palestina (de frente ao deserto de Sur, às portas do Egito), o que, provavelmente, tenha obrigado os arameus a se deslocarem para a Síria do Norte, então região da Síria, e ao descendentes de Cuxe para sudeste do Egito, na atual Etiópia, pois toda mesopotâmia estava ocupada pelo assírios até a Palestina e ao antigo reino sírio, a região da Arábia por Havilá, a leste da mesopotâmia havia o império Persa, e às margens do Nilo o baixo (atual Egito) e o alto Egito (parte da região do atual Sudão).
Outro ponto é que o Golfo Pérsico nem sempre foi como é hoje. Ele já ocupou áreas territoriais bem menores. A 6 mil anos, possivelmente, ocupava apenas metade da área que ocupa hoje, e a 30 mil não havia, praticamente, invasão de águas do Mar da Arábia pelo Estreito de Ormuz. Considerando essas colocações vemos que a hipótese III da localização dos rios Pison e Giom é mais coerente. O Éden, então, é a região desde o Giom, que está a leste do Tigre, no Irã, até próximo ao deserto de Sur, no Golfo de Suez. Temos, pois também, a possível localização do Jardim no Éden como sendo a região atualmente submersa pela ponta do Golfo Pérsico.
Por hora é só. Relativo a terceira curiosidade no começo da postagem (Observou que o homem diz "Esta, sim" referindo-se a mulher que havia sido criada?) deixarei para a próxima postagem. Motivos? Acho que você já descobriu se leu todo o texto. Busquei resumir o máximo que pude do meu estudo para postar aqui, mas ainda ficou muito extenso. Perdoe-me por isso.
Quero agradecer a você que tem acompanhado as postagens e espero que esteja gostando.
Que o Eterno Criador abençoe sua vida e ilumine seus pensamentos. Um grande abraço!
Próxima postagem, apenas uma dica: "uni-personalidade de jesus cristo" (vão precisar de redbull teológico em vez de café) kkkkkk #tamojunto. Por enquanto ficarei no aguardo sobre a 3 curiosidade.
ResponderExcluirkkkkkkkkkk
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