quinta-feira, 14 de março de 2013

No Princípio - Parte 3 - Criação e Evolução

Criação e Evolução


Introduzindo o assunto quero fazer menção a alguns tópicos importantes, além daqueles que já compartilhei na parte 1 desta série:

I) Antes de expor sua opiniao contrária a alguma coisa leia, pesquise, observe ou experimente algo sobre o assunto em questão.
II) Não compartilhe da ignorância do negar algo que não se conhece; muitos já fazem isto. Lembre-se de não extinguir o Espírito e não desprezar as profecias; mas, lembre-se também de examinar tudo e reter o bem.
III) O tema em questão é muito extenso; buscarei ser claro mas não poderei ser tão profundo. Qualquer dúvida que tiver, se puder ser esclarecida, será.


Aparentemente, estas duas teorias se contradizem, mas tenho uma visão diferente sobre este impasse: não são as teorias que se contradizem mas as pessoas. As pessoas quando estão cegas por seus conhecimentos costumam negar 'tudo' que aparentemente não confirma suas ideias. Por essa e outras razões somos levados a pensar, ignorantemente, ou você é criacionista ou evolucionista, e acreditando em uma somos levados a excluir a outra. Acho que por algum propósito Deus me isentou desta escolha podendo hoje estar com meu entendimento iluminado por sua revelação. Agradeço a Deus por enviar seu anjo para me guardar; e em forma de gratidão revelo o que entendi graças a Ele.


Era Sombria das Teorias

Geração Espontânea da Abiogênese

A abiogênese não é uma teoria que vai contra a biogênese apenas porque tem o prefixo 'a' na palavra. Cientificamente a abiogênese começou a 4,4 bilhões de anos, aproximandamente, quando o vapor de água condensou-se pela primeira vez. Abiogênese quer dizer 'origem não biológica' ou o estudo da origem da vida por algo não vivo (matéria). Um dos primeiros a defender esta teoria foi Anaximandro e o mais famoso foi Aristóteles. Entretanto, não vamos nos deter nestes, mas em outros que também formularam suas ideias em uma vertente um tanto estranha da teoria da Abiogênese, a Geração Espontânea.

A teoria da geração espontânea defendia que vida era gerada de matéria inanimada e de corpos em estado de putrefação. Os defensores desta vertente afirmavam que a solução nutritiva continha um 'força vital' que era responsável pelo surgimento de forças vivas. Um cadáver, por exemplo, possuia a força vital necessária para gerar larvas em dois dias para decompor a matéria nutritiva contida neles. O milho e o feno molhados dentro de um celeiro possuiam força vital para gerarem filhotes de camundongos em vinte e um dias, que cresceriam e se alimentariam deles. Isso acontecia porque não existia um método de observação criteriosa para analisar o porquê da aparição destas formas de vida naquelas soluções nutritivas. No século XVII, o Sir Thomas Browne tinha dúvidas se 'camudongos podiam nascer da putrefação', então Alexander Ross o responde:

"Então pode ele duvidar se do queijo ou da madeira se originam vermes; (...). Questionar isso é questionar a razão, senso e experiência. Se ele duvida que vá ao Egito, e lá ele irá encontrar campos cheios de camundongos, prole da lama do Nilo, para a grande calamidade dos habitantes."

Isso se deu pela falta de metodologia apropriada, excluindo etapas importantes para as experiências feitas, como impedir que as moscas pousassem no cadáver, ou, que os ratos já formados tivessem acesso ao milho e o feno. O primeiro passo para a refutação da geração espontânea foi do italiano Francesco Redi, que provou que larvas não nasciam em carne que não permitia o contato das moscas por telas colocadas no recipientes, não permitindo que elas colocassem seus ovos. Depois disto Redi se pronuncia e escreve sobre a geração espontânea:

"Embora me sinta feliz em ser corrigido por alguém mais sábio do que eu caso faça afirmações errôneas, devo expressar minha convicção de que a Terra, depois de ter produzido as primeiras plantas e animais, por ordem do Supremo e Onipotente Criador, nunca mais produziu nenhum tipo de planta ou animal, quer perfeito ou imperfeito (...)"

Desta forma é derrubada a hipótese da geração espontânea. Mas ela volta e com força total com as descoberta dos micro-organismos com a frase "os organismos macroscópicos não são gerados a partir da matéria, mas os microscópicos surgem pela geração espontânea". Por quase 200 anos esta hipótese ainda teve força, mas a figura científica de Louis Pasteur aparece com um experimento refutando definitivamente esta hipótese.

Esta foi a era sombria do criacionismo, e muito do pré-conceito e preconceito sofrido por esta teoria descende desta era. Hoje o criacionismo não é tratado de forma irresponsável como antes, seus representantes são sérios e buscam evidências claras para suas teorias.

A Hipótese do Acaso

Foi pela exigência do método científico de não ter algo externo, ou alguém que influencie na experimentação ou observação de um fato científico que surgiu uma das maiores chagas da teoria evolutiva, o acaso. O interessante é que o próprio acaso contradiz o que entende por método científico, o qual busca explicar algo através de uma série de etapas, pois o seu significado exprime algo sem motivo e sem "explicação" aparente; ou seja, em busca de não atribuir a alguém ou algo os fatos científicos estudados atribuimos ao que não explica e não pode ser estudado.

O grande problema é como explicar as combinações de mutações pelo acaso. Hoje são testadas muitas simulações em super-computadores buscando evidências e combinações que levem ao entendimento da agregação das mutações ao material genético de uma determinada população. A pouco tempo uma destas simulações trouxe dados interessantes porém intrigantes. Cada base do material genético (A, T, C e G para o DNA; e A, U, C e G para RNA) é codificado com um código de oito bytes onde cada byte possui oito bits. A probabilidade calculada para cada bit mutável é de aproximadamente 1%, então, pensemos em um organismo com gene de apenas um códon no seu material genético, então ele possui três bases nitrogenadas, que representam 24 bytes ou 192 bits, corrigindo a probabilidade de mutação de um bit específico para aproximadamente 0.005%, da base para 0,0035% e de todo o gene para 0,0012% (sem levar em consideração os hostpots que são lugares do material genético onde as mutações acontecem a uma taxa de quase cem vezes maior que a normal). Observamos então que uma mutação é algo raro e mais ainda para ser bem-sucedida, gerando uma característica que beneficie o organismo, pois em sua maioria são deletérias. Baseando as afirmações acima apenas no acaso não sabemos como se dá as mutações e nem porque se dá, torna-se apenas um probalidade que 'coincidentemente' fez questão de dar certo a 4 bilhões de anos atrás e faz questão de desandar no último bilhão de anos.

Alguns já consideram a hipótese de um 'designer inteligente' como algo que influenciou esta probabilidade de eventos para que estes se concretizassem. Pensar desta forma começa a ser, provavelmente, uma futura resposta para a pergunta "por que evoluir", porém não é muito aceita pela comunidade científica pelo de fato de não poder ser observado, caso igual ao do aceito 'acaso'.


Por hora é só. Na próxima publicação continuarei falando das duas teorias e faremos conexão das duas. Esta publicação foi importante para notearmos a Parte 4 e esclarecer estas curiosidades. Desejo que tenha entendido tudo acerca do que postei, e se não entendeu algo ou quer acrescentar/questionar fique à vontade para comentar. Convido também a seguir pelo email o blog, o link fica aí do lado. Fazendo isso você receberá um recado quando tiver postagens ou respostas aos seus comentários no seu email. Até a próxima publicação!

Um abraço a todos.

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